segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mantega prevê PIB menor em 2011 após desaceleração da economia




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Com o desempenho fraco da indústria, que responde por quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB), o ministro da Fazenda já prevê um crescimento menor da economia este ano.
O desempenho da indústria não ajudou: cresceu pouco. E o resultado poderia ter sido pior, não fosse a expansão da indústria extrativa de minério, gás e petróleo. Porque a produção na indústria de transformação, que fabrica bens de consumo e máquinas, teve variação nula.
Uma empresa de componentes eletroeletrônicos perdeu este ano 20% do faturamento. O empresário diz que, além da desaceleração da economia, enfrenta concorrência de produtos chineses.
Uma pequena peça, por exemplo, é uma chave eletrônica para liquidificador, fabricada no Brasil e vendida a R$ 3,90. Outra é uma peça chinesa, que entrou no mercado brasileiro. São praticamente iguais, só que a peça chinesa é vendida a R$ 2,50, 36% mais barata. Resultado: a venda mensal, de 70 mil peças, foi a zero. 
O ministro da Fazenda admitiu que a economia desacelerou: “Eu acredito que nós estamos caminhando para um PIB mais de 4% do que 4,5%”, afirma Guido Mantega.


Em nota, o Banco Central avaliou que o desempenho do PIB mostra que a economia está crescendo em um ritmo mais consistente, para que a inflação convirja para a meta de 4,5% em 2012.
Em um discurso em Esteio, no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma não falou diretamente sobre o resultado do PIB, mas disse que a economia vai retomar o fôlego: “Os ventos que chegam dos países desenvolvidos não são ventos muito bons. Queria assegurar a vocês que o Brasil tem plenas condições de enfrentar esse momento de turbulência que nós vimos que está assolando as economias desenvolvidas e que tem conduzido essas economias a situações de estagnação e até de depressão”, afirmou a presidente.

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